Mantive, vários dias, a esperança de que houvesse algum equívoco. No próprio dia em que fui internada, vários médicos me disseram para ter calma, porque nunca antes tinham visto algo assim.
Depois de um fim-de-semana em casa, voltei. E mais uma boa notícia. Porque o mielograma deu negativo e, portanto, a medula está normal.
Mais uns dias, muitos muitos exames, e más notícias acabaram por chegar. Lesões no pâncreas e no rim. Eventualmente também no fígado.
Conclusão: tenho leucemia, mielóide, atípica. Tenho os sinais de uma leucemia avançada, porque está nos órgãos, e não tenho os sinais básicos da leucemia: medula e sangue. Ainda me faltam mais uns exames e vamos ver se isto fica por aqui...
Prognóstico muito reservado, estamos em campo algo desconhecido... Vamos começar pela quimioterapia, à partida 2 ciclos (num total de 10 dias de tratamento e muitos de recuperação), esperar que não tenha cá infecções nem problemas graves e, depois, virá o transplante. É a parte que mais me assusta e intriga... A medula não está saudável?...
Tudo isto são questões a que me vão responder com o tempo. Já perceberam que não sou uma paciente como as outras. É que, para além de ter uma forma raríssima da doença, faço imensas perguntas. Talvez os médicos se sintam um pouco desautorizados e/ou ameaçados, mas não é isso que eu quero. Procuro apenas entender o que se passa com o meu corpo. Tenho dores na sacro-ilícia há meses, uns nódulos há 1 mês e, de resto, sinto-me forte e saudável. Nem fadiga eu sinto!
Bem, o que quer que seja que me espera, essa doença está tramada comigo. Eu sou mais forte.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
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